Posso dizer que fui o exemplo de muitas coisas que não se deve fazer para passar no vestibular, tais como chegar em casa e não conseguir estudar, estudar um pouco umas matérias e quase nada outras, e me culpar a cada momento que não estava estudando, entretanto, acredito que o mais importante é que fui o exemplo de que, além do consenso óbvio da inexistência da perfeição, realmente não existe o famoso modelo do bixo de medicina.
Obviamente também acho que algumas coisas que fiz foram certas e acredito que a ajuda psicológica foi fundamental para que tais atitudes pudessem ser valorizadas de maneira a incentivar-me cada vez mais a melhorar. Não é uma questão de não estudar e passar, mas sim de conseguir multiplicar a importância daquilo que fazemos e temos de bom, ou seja, movidos pela culpa, muitas vezes nos auto-boicotamos supervalorizando, por exemplo, todos os exercícios que não fizemos em vez de lembrar daqueles já feitos, minimizando, assim, a real possibilidade de aumentar a produtividade e bem-estar – fatores intimamente relacionados.
Além disso, pude perceber que, mesmo às vezes parecendo quase impraticável, é muito proveitoso fazer cada atividade em seu momento e saber lidar com a situação quando isso não ocorre. Digo isso porque é bom prestar atenção em aula e já sair sabendo algumas coisas, é bom fazer os exercícios no horário e depois ter o tempo livre(fato que várias vezes não ocorreu) e finalmente, é bom aproveitar o tempo de lazer sem um peso imensurável da culpa de não estar estudando. Entretanto, acredito que mais importante que isso é ACEITAR quando isso não ocorre e não se abater, continuar, aumentar o ritmo se precisar e como diz o ditado popular “Se as situações me agridem, então eu vou dizer em que direção hão de fazer isso. Farei com que me dêem um pontapé para frente”.