A aprovação no vestibular, sem dúvida, exigiu-me aprendizagem e conhecimento. Aprendi a ser disciplinado e a respeitar meus horários de estudo e de lazer. Ao mesmo tempo, percebi a importância do apoio familiar tentando me afastar dos perfeccionismos e das cobranças. O conhecimento necessário para a aprovação, por sua vez, não foi totalmente obtido com horas de estudo, mas, sim, com momentos de descanso, em que pude refletir e concluir que estudar nas melhores escolas ou fazer os melhores cursinhos é apenas uma vantagem e não o fator determinante para o sucesso no vestibular. A partir daí, sempre com o apoio da família, procurei suprir as deficiências do ensino público e, respeitando o meu perfil, decidi parar de freqüentar as aulas no mês que antecedeu o vestibular da UFRGS. Porém, é necessário lembrar que não existem fórmulas para passar no vestibular: cada aluno possui um perfil que deve ser respeitado.
Nesse sentido, o apoio psicológico foi fundamental, pois, com esse recurso, tornei-me capaz de encarar o vestibular como uma etapa entre muitas outras por que irei passar. As provas, por conseguinte, não foram o meu foco principal, visto que, como o apoio da Simone, pude concluir que o meu maior objetivo é buscar e desempenhar um papel social e que ingressar na faculdade de medicina é apenas uma fase desse longo processo.