A memória falha, a cabeça parece não obedecer. As pessoas parecem sem rumo, sem esperança. Está difícil trabalhar ou estudar.
O impacto negativo de testemunhar ou ouvir sobre as experiências traumáticas de outras pessoas, mesmo através de imagens, vídeos ou notícias, é chamado de “trauma secundário” ou “trauma vicário”.
Esse tipo de trauma pode impactar as crenças, os valores, as expectativas, e principalmente a sensação de segurança e confiança diante dos desafios da vida.
Outros sintomas do trauma secundário também podem ser: medo, isolamento, desesperança, insônia, problemas físicos, dentre outros.
A “fadiga por compaixão” é característica específica de voluntários e profissionais dos abrigos, é a exaustão emocional e física, decorrente de cuidar de outros que estão passando por um intenso e contínuo sofrimento.
A fadiga da compaixão pode desencadear burnout, irritabilidade, depressão, frustração e cinismo, além de redução da empatia e motivação.
Quais podem ser as causas?
Nos dois quadros, os traços de personalidade, as habilidades para enfrentar situações de estresse, o histórico pessoal e o contexto influenciam na evolução do problema.
Quais são os sintomas mais comuns?
- Exaustão e entorpecimento
- Falta de foco, memória abalada
- Dificuldade para tomar decisões
- Falta de interesse ou prazer no trabalho ou hobbies
- Insônia, mudança de apetite
- Dores de cabeça, fadiga ou outros sintomas físicos
- Necessidade de isolar-se
- Irritabilidade e reatividade.
- Pensamentos negativos e desesperança.
- Falta de autoconfiança e confiança na vida.
Como lidar?
- Reconhecer a própria dor da impotência e com isso estabelecer os limites possíveis de atuação – seja profissional, voluntário ou “expectador”.
- Definir ações específicas para ajudar.
- Buscar ajuda profissional para aprimorar as habilidades pessoais de enfrentamento dos eventos estressores.
- Praticar exercícios físicos, alimentação equilibrada, cuidados com o sono.
- Manter atividades de lazer.
- Buscar tarefas para treinar a atenção: práticas de respiração e mindfulness, para aumentar a capacidade de selecionar a informação que absorvemos nos jornais, nas redes sociais, na TV.
Prestar atenção àquilo que consumimos de informação e energia pode proteger nossa saúde mental, nos tornando mais fortes e compassivos para ajudar.
A prevenção do sofrimento crônico é fundamental para construir uma sociedade compassiva e resiliente.
E se precisar falar conosco, é só entrar em contato.