As aulas no cursinho recomeçaram e Vicente não estava muito empolgado. As férias foram ótimas, ele aproveitou com os amigos nas praias daqui. O descanso foi válido simplesmente pela ausência de cobranças e de horários. Isso foi muito bom. Mas não estava se sentindo muito motivado para começar o seu segundo ano de cursinho.
Reencontrou o João, seu amigo, que estava começando o terceiro ano de cursinho e parecia demonstrar muito mais motivação. Vicente ficava se perguntando: qual a origem de tanta animação por parte de João? De que forma ele se mantinha motivado para recomeçar, apesar de estar fazendo “a mesma coisa” pela terceira vez? Não tinha coragem de perguntar ao colega, é claro. Ficava questionando silenciosamente se João estaria reagindo adequadamente ou se seria normal se sentir desanimado no início. Será que existe um certo ou errado?
Para minimizar esse desconforto, Vicente seguiu a sugestão feita por colegas de trocar os professores de algumas disciplinas. Ele trocou os professores de Física, Português e Redação, Geografia, História e Matemática. Seus professores anteriores eram bons, mas ele preferiu trocar para ter mais novidades e quem sabe, com isso, se sentir mais motivado. Percebeu que isso realmente era importante, as piadas dos professores já estavam se repetindo… e isso era apenas em uma semana de aula!
Quanto à família, seu pai disse que “fecharia o cerco” esse ano, não lhe daria folga. A mãe, sempre condescendente, avaliava que Vicente tinha se esforçado bastante no ano anterior. Ele reconhecia que não. Estava consciente da sua falta de comprometimento durante o ano, especialmente quanto a deixar o celular de lado e resistir aos jogos da NBA. Vicente sabia que foi persistente na hora da prova, lutou com garra em cada questão, mas não foi a postura que teve durante a sua preparação. Sabia que de nada adiantava lutar na hora da prova sem conhecimento e estratégia.
Vicente sentia, como uma forte intuição, que precisava fazer algo diferente esse ano para ter mais persistência e foco. A cobrança paterna ou a condescendência materna não pareciam ser as soluções. Ele começou a se incomodar com a sua postura e falta de motivação e ficou pensativo: o que poderia fazer para ter um ano mais produtivo?
Existiria alguma técnica ou estratégia para ter mais motivação e persistir?
Você teria alguma sugestão para o Vicente?