Um dos grandes “fantasmas” dos alunos, que abala a auto-estima dos vestibulandos são as comparações que eles fazem com concorrentes, com pessoas da família, assim como as comparações que a própria família costuma fazer, de maneira consciente ou inconsciente.
Comparações, em sua maioria, são inúteis. Somente são válidas nas seguintes condições: “tem alunos em condições piores – de capacidade ou mesmo de estudo – e estão muito mais determinados do que eu. Não tenho do que reclamar.” Essa comparação permite a auto-crítica e o diagnóstico quanto o real aproveitamento das capacidades.
Os outros tipos de comparação, em geral, são infrutíferas. Exemplo:
– aquele cara sabe tudo de matemática e eu não sei. – Mas você sabe mais outros conteúdos, e este cara pode não saber.
– se tem tanta gente fazendo 4, 5 anos de cursinho, é porque é difícil, e eu sou igual a todo mundo. Será que é mesmo? Você sabe tanto assim da história desses alunos para compreender a razão pela qual eles são repetentes?
– se o meu primo passou de primeira, é porque não é difícil. Certamente, o vestibular não é esse bicho papão que os alunos criam. Por isso, não é porque uns levaram 1 ano e outros 5 que você tem de repetir essa história. Livrar-se das comparações exige reconhecer os pontos fortes que o diferenciam “da massa”.
Se depois de uma auto-análise bem feita, ou mesmo com ajuda profissional, lhe parecer que você não tem nada além da média, fique atento. Somos todos únicos, singulares.
Outra estratégia interessante é apenas se comparar consigo: o que eu posso fazer hoje melhor do que ontem? De que maneira posso tornar meu estudo mais produtivo hoje?
Essas estratégias vão ajudá-lo a focar na sua qualificação, “esquecendo” os demais candidatos.
“Qualquer outro terá todos os meus defeitos, mas nenhuma das minhas virtudes.”
Pablo Picasso