Maior “posse de bola” não garante resultado!

O Mundial FIFA 2018 está quase terminando, e vale a pena fazer uma reflexão sobre alguns resultados obtidos pelas seleções, sua performance e a relação com os nossos desafios diários. Para quem gosta de futebol e acompanhou um pouco dos resultados, talvez tenha observado que em alguns momentos as seleções que tiveram maior tempo de posse de bola perderam o jogo e foram desclassificadas exatamente nesse momento de domínio, porém, o adversário aproveitou o momento certo, a jogada certa e provavelmente a única chance que teria e foi eficiente em alcançar seu objetivo (gols). Foi o caso da Alemanha contra Coreia (74% do tempo de posse de bola para a seleção eliminada) e da Espanha contra a Rússia, em que a primeira manteve a posse de bola durante 64% do tempo da partida e ainda assim foi eliminada. Da mesma forma aconteceu com a seleção brasileira, no jogo contra a Bélgica: maior tempo de posse de bola, mais finalizações e um resultado desfavorável, ou seja, não adianta ter os recursos (domínio, capacidade) se não fizermos as ações corretas e certeiras para alcançar nossas metas.

Claro que no trabalho em equipe muitas variáveis estão envolvidas, mas isso também acontece conosco, no nosso dia-a-dia, enquanto estamos realizando nossas tarefas. Fazemos muito esforço, mas chegamos exauridos ao final do dia e muitas vezes sem a satisfação de ter qualificado as nossas realizações (será que fizemos o que era prioritário e mais importante?).

É possível mudar isso. Afinal, quem quer ocupar 70% do seu tempo em um desafio e nas tarefas diárias e ter resultados medíocres? Ninguém. E como podemos tirar melhor proveito dos nossos esforços?

Em primeiro lugar, é preciso aceitar que o cérebro sofre de uma avareza cognitiva. Isso significa que ele tenta, de todas as formas, buscar o máximo de resultados com o mínimo de esforço. E isso não é um problema, se essa busca for feita com técnicas e estratégias já testadas e comprovadas. O problema de respeitar sua avareza cognitiva sem estratégia é que ele vai tentar alcançar resultados com a lei do menor esforço diante de qualquer desafio que exija superação, e dessa forma começa o gasto inútil de energias – que equivale a correr desordenadamente pelo campo de futebol, ser “catimbeiro”, cometer erros desnecessários e se esforçar sem eficácia. Você dedica muitas horas a uma tarefa e não alcança o objetivo que gostaria.

Ao reconhecer que a avareza cognitiva nos leva a ações ineficazes, podemos começar a mudança. Mas para efetivá-la, vamos precisar fazer um esforcinho para utilizar as novas estratégias, e isso já é um problema para o cérebro sovina. Se você quer fazer algo melhor ou diferente, comece, em primeiro lugar, a adotar o método Kaizen em qualquer circunstância – seja para adotar um novo método de estudos ou arrumar o armário. Você sabe em que consiste o método Kaizen?

O método Kaizen, baseado na filosofia taoísta, parte da ideia de que toda jornada começa com um pequeno passo. Compreender essa filosofia é muito mais importante do que imaginamos: dividir qualquer tarefa ou mudança em pequenas ações evita ativar as estruturas cerebrais responsáveis pelo medo, pelas reações de luta ou fuga, bastante associadas à avareza cognitiva. Quando estabelecemos metas ambiciosas, essas estruturas são ativadas simplesmente por questões de necessidade de sobrevivência, de economia para situações de risco. O cérebro evita fazer maiores esforços para economizar energias no caso de ter imprevistos adiante. É preciso autoconsciência de que a oposição para implementar novas estratégias sempre existirá. Ingenuidade quanto às resistências cerebrais em relação ao seu orçamento para a ação, levará a ainda mais procrastinação ou excesso de gastos de energia sem resultados.

Depois de estabelecer metas executáveis, como propõe o método Kaizen, aumentará a sua autoconsciência para as outras dificuldades. Por exemplo: você estabeleceu um período de 30 minutos para estudar. Aumentou a ansiedade? Percebeu dificuldade para manter o foco?

Daqui em diante, existe outra estratégia que pode ajudá-lo a aumentar o foco, manter a tranquilidade e facilitar a adesão às mudanças, que ensinamos na aula. Você sabe qual é? A respiração diafragmática.

Comece com a prática de pequenos intervalos da respiração diafragmática. Você terá mais proveito dos seus esforços e consequentemente melhor aproveitamento do tempo.

Fonte dos dados estatísticos:
https://pvc.blogosfera.uol.com.br/2018/07/05/posse-de-bola-ganhou-copa-de-2014-e-elimina-poderosos-em-2018/

 

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