O que aprendemos com a seleção brasileira hoje? E o que podemos aplicar às situações de desafio, como o vestibular?
Analisando a eliminação do Brasil desta Copa do Mundo, podemos tirar muitas lições. Comentaristas da imprensa de todos os meios, parecem concordar que faltou equilibrio emocional para a seleção brasileira, e isso parece evidente até mesmo para os leigos em comportamento humano.
Vamos analisar abaixo alguns erros cometidos pela seleção, vinculados à condição psicológica dos jogadores:
1. Despreparo técnico. A seleção brasileira cometeu erros diante do primeiro adversário um pouco mais forte que enfrentou. Certamente, isso é despreparo. Vestibulando que está estudando, mas que vacila na primeira prova um pouco diferente daquilo que espera, não é vestibulando bem preparado. Atleta ou candidato bem preparado não tem surpresas em momentos decisivos. Você, vestibulando está bem preparado, a fim de não ser supreendido?
2. Excesso de autoconfiança, ou seja, o velho conhecido “salto alto“.O primeiro item é consequência deste. A seleção brasileira parece valer-se de uma tradição no futebol, de ser invencível, poderosa. Até certo ponto sabemos que é verdade, os adverários costumam tremer diante da nossa seleção, como foi possível observar no jogo com a seleção chilena na segunda. Porém, ninguém vive de fama ou tradição. É preciso fazer, suar, correr para obter resultados, tanto na vida quanto no futebol. Conforme palavras de Robinho: “começamos bem, mas no segundo tempo ficamos desatentos.” Desatenção em dia de decisão é excesso de autoconfiança. Por mais bem preparado que esteja um candidato, é interessante evitar clima de já ganhou antes do apito final. Vestibulando: invista em sua autoconfiança, busque formas de desenvolvê-la, para usá-la a seu favor, sem excessos. Você sabe qual é o seu ponto forte como vestibulando?
3. Faltou relisiência. Resiliência é a capacidade de algumas pessoas de se transformarem para melhor diante de situações adversas. Essa foi uma das qualidades faltantes na seleção brasileira. Passou a jogar sem equilibrio e vontade a partir do primeiro gol da Holanda. Saber lidar com a dificuldade e com as derrotas, é uma virtude, que infelizmente, nossos jogadores não apresentaram na partida de hoje. E você, vestibulando? Alcançou a aprovação em algum vestibular de inverno e entrou em clima dejá ganhou? Ou foi reprovado, baixou a cabeça e acha que está tudo perdido? Vai reagir?
Aprendendo com os acertos
A empreitada da seleção não foi, obviamente, somente erros. Também podemos aprender com seus acertos. No meu ponto de vista, o principal acerto do grupo até aqui tem sido evitar personalizar sucessos (quando tiveram) e o fracasso. A imprensa está criticando Felipe Melo. Pode parecer que ele cometeu mais erros que os demais. Porém, quem conhece o funcionamento de grupos, sabe que o erro de um indivíduo dentro de um processo grupal, é reflexo de todos. Quando o trabalho é em equipe, o erro de um, é o erro de todos. O acerto de um, é o acerto de todos.
Você pode estar se perguntando como fazer no caso do vestibular, em que o único culpado pode ser você, já que você enfrenta a prova sozinho? Relaxe. O principal dessa mensagem é justamente não procurar culpados. Analise seus erros e acertos. Você pode contar com ajuda profissional, de algum professor ou da família. A partir daí, assuma a responsabilidade por sua aprovação, nos mínimos detalhes. Você ficará gradativamente livre das interferências externas, e todos terão motivos para comemorar sua aprovação.
Esta foto de Robinho expressa muito bem o que foi o Brasil de Dunga na partida contra a Holanda. No mundo paralelo em que viveu os últimos 44 dias, a seleção foi convencida que estava destinada a ser campeã por obra e graça não do seu talento, mas da força de vontade, da determinação e da união do grupo.
Mauricio Stycer
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