Encontro com vestibulandos

Hoje tive mais um encontro com vestibulandos, no curso de Química do Prof. Pierre (http://www.quimicapierre.pro.br/). Este é outro professor com o qual me sinto satisfeita manter parceria no trabalho, porque o Prof. Pierre é bastante comprometido com a aprendizagem, estimulando os alunos a se superarem intelectualmente.

Como não poderia deixar de ser, falamos sobre as mudanças no vestibular e formas de lidar com a novidade – estudar, ler, confiar em si – conforme já coloquei em posts abaixo.

Outro ponto interessante falado é sobre o tal “salto alto”. Um grande problema para muitos, a arrogância do saber pode ser o grande vilão da preparação.

Ao aluno arrogante falta modéstia para continuar aprendendo sempre. O arrogante julga-se pronto, e em qualquer circunstância, isso é um erro crasso. A contínua aprendizagem é essencial para o sucesso.

É importante lembrar que a arrogância se origina de um complexo de inferioridade, é um mecanismo de defesa da negação do medo e da insegurança. Por isso, o aluno que apresentar uma leve tendência a usar “saltos altos” precisa tratar as inseguranças advindas de insucessos anteriores, que normalmente  não foram tratadas e podem desencadear problemas maiores. Fique atento.

Há alguns anos, tive uma aluna do Colégio Militar, e por estar bem preparada, se sentiu excessivamente confiante em um simulado, mas teve um resultado péssimo. Quando investigamos as razões, ela se deu por conta de sua arrogância. Ficou envergonhada, corrigiu a postura e passou a mostrar-se humilde diante das provas. Isso foi em novembro, e em janeiro conquistou sua vaga em Medicina em uma federal.

Nesse caso, ela não tinha um histórico de insucessos em vestibulares ou provas. O sentimento de inferioridade originava-se na história familiar. Ao compreender a origem, o aluno entende que a prova não é momento de provar nada para ninguém, é simplesmente um momento de fazer o que sabe. Sem perder esse foco, fica mais fácil manter a aprendizagem contínua.

“Pasma ver até onde pode chegar a arrogância do coração humano estimulada pelo menor êxito”

Plínio