Dando continuidade ao tema de ontem, enumerei 3 importantes tópicos relacionados ao autoboicote e a relação familiar:
1. Expectativas e cobranças exacerbadas em relação ao rendimento do filho: o estudante, ao se sentir pressionado, pode utilizar estratégias para diminuir essa pressão, “criando” dores de barriga, de cabeça, febres inexplicáveis.
Aparentemente, parece que o aluno está com dificuldade em lidar com a prova e a concorrência, quando na verdade a dificuldade está em lidar com a pressão familiar.
2. Hiper-responsabilidade. Muitas vezes, os pais perfeccionistas e onipotentes educam os filhos da mesma maneira, esperando essa onipotência deles. Esses alunos desenvolvem o hábito de responsabilizar-se por (quase) tudo que acontece em casa.
Esse mecanismo boicota a aprovação porque é só pensarmos com lógica: quem pode fazer um trabalho bem feito, se for responsável o tempo todo por tudo e por todos? Por isso, é importante o vestibulando com essa tendência listar as suas reais responsabilidades enquanto filho e estudante e assumir somente estas.
3. Aceitação. Parece ser comum, pais e vestibulandos confundirem aceitação e afeto com aprovação. Muitos filhos se sentem inseguros quanto a isso – se eu não passar, meus pais não se orgulharão de mim e vou perder a admiração deles.
Em outros casos, o filho boicota a aprovação justamente porque quer ser aceito mesmo não obtendo sucesso. Caso seja esse o seu caso, procure separar essa idéia do seu desempenho. Busque a aceitação do seus pais conversando com eles, mas não se sabotando. Mesmo que seus pais tenham dificuldade em deixar claro que você sempre será amado independente do resultado no vestibular, tente ver que na realidade isso é verdade.
Esses são 3 exemplos mecanismos de autosabotagem originados na família. Vá pesquisando, observando suas reações e estabelecendo uma conversa franca com seus pais.
“Eu sou um homem velho e conheci um grande número de preocupações, mas a maioria delas nunca aconteceu.”
Mark Twain