Erro instintivo
Agir de forma automática e pessimista pode causar falhas constantes. Para mudar esse processo, é necessário ter atenção
TEXTO MATHEUS SANTOS/COLABORADOR
ENTREVISTAS MATHEUS SANTOS E NATHÁLIA PICCOLI/COLABORADORES
DESIGN JOSEMARA NASCIMENTO
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O barato que sai caro
Na visão da psicologia, o erro é, muitas vezes, gerado de forma inconsciente. Isso porque o cérebro entra em “modo automático” ao realizar uma tarefa com frequência. Assim, tem início um comando de economia de energia, na qual a mente julga de maneira rápida as informações recém adquiridas sem realmente se atentar. O objetivo é direcionar os esforços para funções que exigem mais raciocínio – e é nesse ponto que um problema pode surgir. Como a mente acaba armazenando apenas um conceito prévio do conhecimento que recebeu, pode precipitar-se.
“Hoje em dia, sabe-se que mais de 70% das decisões tomadas pelo ser humano são realizadas de maneira instintiva, ou seja, estamos mais sujeitos a resoluções equivocadas do que o contrário”, aponta a psicóloga Simone Grohs.
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Mudança de perspectiva
Buscar entender, conhecer e mapear o ambiente em que você está inserido, seja ele escola, faculdade, casa ou o emprego, para saber qual a postura deve ser adotada também é uma recomendação popular. “O ideal é focar na aprendizagem, em um rocesso de crescimento. Assim aumentamos as chances de o córtex pré-frontal ficar no comando de nossas ações e diminuímos a possibilidade de enganos”, afirma o psicólogo Héctor Nievas.
Entre lógica e sentimentos
Tomar decisões é um processo que envolve tanto razões quanto emoções. Por isso buscar o equilíbrio entre ambos é o mais adequado
TEXTO E ENTREVISTA MATHEUS SANTOS/ COLABORADOR
DESIGN JOSEMARA NASCIMENTO
“De cabeça quente”, “com os nervos à flor da pele” e “ no calor do momento” são expressões usadas no dia a dia para explicar a presença da emoção na vida humana. Presente desde os primórdios da nossa espécie por meio do instinto de sobrevivência, sentir é uma parte essencial da vida. Seja ao criar coragem para convidar uma pessoa para sair, escrever respostas na folha de gabarito do vestibular ou agir em uma situação de conflito, a busca por soluções não pode ficar apenas ao encargo da razão, já que toda decisão também é influenciada pelos sentimentos.
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“O ideal é buscar o casamento da racionalidade com a intuição, que é sinônimo do casamento entre coração e cérebro”, afirma a dupla de psicólogos Héctor Nievas e Simone Grohs.
Como diz a popular composição, Razões e Emoções, da banda brasileira NX Zero, o segredo está no equilíbrio e em encontrar um meio termo entre esses dois fatores. Então, antes de agir de forma instintiva ou completamente racional, o recomendado para tomar boas decisões é evoluir a relação entre ambos aspectos, para, então, encontrar as melhores soluções para os seus problemas.